Entenda a Lesão FCT - Fibrocartilagem Triangular


Disfunção muito comum em atletas que praticam Tênis.



O complexo da fibrocartilagem triangular é formado pela fibrocartilagem triangular propriamente dita, ligamentos ulno-semilunar e ulno-piramidal e expansões do tendão flexor e extensor ulnal do carpo(1). Este recebe forças de compressão axial e de cisalhamento durante as atividades. Esse complexo age como uma barra ou eixo por onde o carpo e o rádio rodam ao redor da ulna. Cerca de 18% da carga mecânica suportada pelo punho, em indivíduos normais, é transmitida para os ossos do antebraço através da fibrocartilagem triangular(2). Esse valor é muito maior nos pacientes portadores de variante ulnal positiva(3). Nestes, devido a essa sobrecarga mecânica, há maior predisposição a lesão do complexo da fibrocartilagem triangular(4) e da cartilagem articular dos ossos da fileira proximal do carpo, principalmente da porção ulnal do semilunar. 

Na região do punho existe uma estrutura triangular, conhecida como ´´o menisco do punho´´, que é a fibrocartilagem triangular. Ela conecta os ossos do antebraço (rádio e ulna) ao punho com importante função de estabilização no movimento de rotação e amortecendo a força de preensão. 
Nos jogadores de tênis, existe uma incidência aumentada de lesões da fibrocartilagem triangular. 
Entre os fatores predisponentes, destacamos: 

- pacientes que apresentam a ulna mais longa que o rádio 
- excesso de treinos, com microtraumas repetitivos 
- relacionado com trauma, como uma queda, por exemplo 


O paciente sente dor na borda ulnar do punho com dificuldade de suportar o peso sobre a mão espalmada (ex: dor para sair da piscina). É necessário descartar a presença de tenossinovite do extensor ulnar do carpo, que pode ser a causa da dor. 
A lesão pode ser uma perfuração central na fibrocartilagem ou uma desinserção da mesma de um dos seus três vértices. 
O tratamento pode variar desde, imobilização da rotação do punho ou tratamento cirúrgico por artroscopia do punho, onde através de dois furos, realizamos o desbridamento da lesão central ou a reinserção da lesão periférica. 

O complexo ulnocarpal é constituído por um sistema de estruturas na região ulnal do punho, que estabilizam a articulação radioulnal distal, piramidal e semilunar, através da fibrocartilagem triangular (FCT) e ligamentos ulnopiramidal e ulnossemilunar. A FCT é uma extensão da superfície articular do rádio na região ulnal e suporta a fileira proximal do carpo. 
As lesões do complexo ulnocarpal normalmente ocorrem na supinação ou pronação máxima, associada à translação excessiva volar ou dorsal da ulna(11,12). A FCT normalmente rompe quando comprimida entre o semilunar e a cabeça da ulna. Na pronação, o rádio encurta-se relativamente ao nível do carpo e este encurtamento traciona o carpo em direção à ulna (fig.2), comprimindo a FCT entre o semilunar e a cabeça da ulna. As forças axiais durante a pronação ou extensão extrema dirigem a ulna para a fibrocartilagem triangular, que pode romper em sua porção central ou desinserir. 
Havendo a ruptura, em pronação, o desvio ulnal faz com que fragmentos instáveis da FCT sejam comprimidos entre a ulna e a fileira proximal do carpo, provocando dor e, às vezes, um clique palpável. A causa precisa da dor ainda é objeto de discussão na literatura. 

O tempo de tratamento pode chegar a 6 semanas e em caso de não melhora, está indicada a cirurgia artroscópica.

Juntamente com o S.T.A.F., com a presença cirúrgica ou não, a rapidez na volta ao trabalho desportivo é bastante significativa.

Abaixo, segue um exercício funcional e corretivo do S.T.A.F. para a disfunção, voltado ha reabilitação conservadora (não cirúrgico), evolução de 15 dias.


Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas