Reabilitação do Tenista - Lesão FCT Punho Direito



Reabilitação Lesão FCT Punho Direito - Comumente relacionada a lesões desportivas do Tênis.


Na grande maioria das vezes, este tipo de lesão, tem um tempo de evolução de até 9 semanas, mas, com S.T.A.F., o paciente já retornou às atividades desportivas na quarta semana de tratamento.



Inflamação da cartilagem triangular:


Anatomia: a fibrocartilagem triangular (FCT) é um pequeno disco triangular, com estrutura bem parecida com a do menisco do joelho. Ela está localizada entre os ossos do antebraço (rádio e ulna) e o conjunto de ossos da mão (ossos do carpo), conforme conseguimos ver na figura abaixo:
Fibrocartilagem Triangular
Dá para ver que ela se localiza mais perto da porção ulnar do punho (lado do dedo mínimo), que é onde o tenista costuma referir a dor.
Biomecânica: Juntamente com os ligamentos desta região, que conectam os ossos do antebraço aos ossos da mão (figura abaixo), ela forma o complexo da fibrocartilagem triangular (CFCT). O CFCT tem as funções super importantes de estabilizar dinamicamente a articulação (principalmente durante a rotação do punho) e absorver forças axiais (impactos durante um choque/queda ou força de preensão da mão), permitindo o movimento suave e preciso da articulação do punho.
Complexo Fibrocartilagem Triangular
Fisiopatologia: A Lesão do FCT resulta normalmente de situações traumáticas (quedas com a mão estendida), de descarga de peso sobre as mãos (na ginástica olímpica, por exemplo), de movimentos fortes de torcer ou puxar realizados frequentemente (com ferramentas ou esportes com raquetes), de movimentos combinados ou ainda, de movimentos realizados em amplitudes extremas da articulação do punho.
No caso dos tenistas, o movimento combinado de extensão do punho+desvio ulnar+supinação costuma ser a causa da lesão e este é o movimento da mão não dominante no backhand de duas mãos ou da mão dominante no forehand, durante a preparação e swing antes do contato com a bola. O movimento em amplitude excessiva pode aparecer a fim de compensar a falta de giro do tronco (principalmente no backhand), equipamentos e técnica inadequados.

Sintomas: A pessoa apresentará dor na borda ulnar do punho (lado do dedo mínimo), que se intensifica principalmente com os movimentos de rotação do antebraço (pronação), preensão palmar e desvio ulnar; por isso, provavelmente também apresentará dificuldade, dor e até insegurança (devido à fraqueza) para suportar um peso (principalmente sobre a mão espalmada) ou girar uma maçaneta ou chave.

Tratamento: O tratamento sempre preconizará o alívio da dor (e outros sintomas) e o reequilíbrio biomecânico do punho. Para isso, poderá ser necessário realizar um período de repouso total ou relativo (imobilizar ou apenas evitar os movimentos que causam dor), aplicar recursos de analgesia (gelo, TENS ou Ultrassom), manipular a articulação, fortalecer e alongar músculos ou até mesmo realizar cirurgia (geralmente artroscópica). Os resultados dos exames clínicos e de imagem (ressonância magnética) de cada paciente ajudarão o médico e o(a) fisioterapeuta a decidir quando e quais procedimentos deverão ser realizados. Após esse período, os resultados obtidos com S.T.A.F. são mais do que satisfatórios, devolvendo o atleta em alto nível com excelente performance.

Artigo com base em luciajunqueira.com.br

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